quarta-feira, 23 de junho de 2010

A alarmante lista da Anvisa sobre agrotóxicos nos alimentos


Um estudo supersério da Anvisa, a agência do governo que controla remédios e alimentos, saiu hoje apontando o uso indiscriminado de agrotóxicos em alimentos.

O pimentão e a cebola saíram campeões na lista dos mais perigosos. As substâncias, muitas delas banidas em outros países, foram encontradas em concentrações alarmantes em vários alimentos vendidos em feiras livres e mercados.

Olha um trecho da nota para a imprensa...

"Nesta situação, chama a atenção a grande quantidade de amostras de pepino e pimentão contaminadas com endossulfan, de cebola e cenoura contaminados com acefato e pimentão, tomate, alface e cebola contaminados com metamidofós. Além de serem proibidas em vários países do mundo, essas três substâncias já começaram a ser reavaliadas pela Anvisa e tiveram indicação de banimento do Brasil.De acordo com o diretor da Anvisa, “são ingredientes ativos com elevado grau de toxicidade aguda comprovada e que causam problemas neurológicos, reprodutivos, de desregulação hormonal e até câncer”.

Mais do que comprar alimentos orgânicos e ficar quietos, temos que exigir que não se abuse dessa forma de agrotóxicos, para que toda a população tenha acesso a alimentos seguros. Talvez perguntar para seu feirante de onde os alimentos vêm, e tentar seguir a cadeia produtiva para tentar influenciar quem os fabrica, lá na ponta inicial, a ser mais ecológico e respeitoso das normas...
Leia tudo aqui no site daAnvisa - www.anvisa.gov.br
Imagem-freephoto.com

terça-feira, 8 de junho de 2010

Movimento verde é prisão para mães, diz feminista francesa


Eu não sei se é o aquecimento global. Ou o fato de as mulheres de minha geração, a X, terem esperado mais tempo para ter filhos. O que sei é que entre quase todas as minhas amigas mães há uma preocupação em exercer uma maternidade mais próxima dos rebentos e o mais "natural" possível.


Isso muitas vezes implica em parto natural sem anestesia (conheço várias adeptas); aleitamento materno para muito além dos seis meses (eu mesminha, por um ano e meio...); e algumas (quase) malucas que aderiram às fraldas de pano.


Nos Estados Unidos é comum muitas mulheres largarem a carreira por alguns anos para cuidar dos filhos. Grande parte delas acaba não voltando para o mundo profissional. Não porque o mercado não as queira, mas desta vez, por pura opção pessoal.


Em um novo livro ("Le Conflict: La Femme e La Mère"), a feminista francesa Elisabeth Badinter afirma que esse negócio de movimento verde está mesmo é aprisionando as mulheres. Uma nova idealização da maternidade, que prega defender a ecologia e viver uma vida mais simples (e mais trabalhosa, menos industrializada), está colocando a perder todos os ganhos e a liberdade conquistada pelas feministas da geração anterior.


De um lado, a vida profissional anda ficando cada vez mais difícil e competitiva. De outro, a mulher passou a ser pressionada por um novo modelo de maternidade simplesmente inatingível.


Ela defende que as mulheres sejam felizes, e que se livrem da culpa que essas (ou outras) pressões sociais exercem sobre ela. Ela, que tem três filhos, diz que é impossível ser uma boa mãe. E prega que as mulheres continuem defendendo a bandeira básica do feminismo dos anos 1960-- que exijam uma divisão de tarefas equanime com sua cara-metade.


E você, o que acha? Você sente que divide bem as tarefas relacionadas à família com seu marido?


Imagem- editorial Flammarion

quarta-feira, 2 de junho de 2010

De bicicleta, com estilo


Pirei ao receber o catálogo desta marca meio vintage-fofa de bicicletas. Se eu não fosse uma patsa completa em cima de qualquer magrela até colocaria uma delas na minha lista de desejos...


Compraria o livro do David Byrne, o "Bicycles Diaries", pra dar uma inspirada, uma cestinha para carregar as compras e sairia por aí, talvez pra fazer um pic nic no Ibirapuera no meio da semana. Isso no meu mundo idílico, claro... não no caos fumacento de São Paulo.


Toda vez que passo na avenida Paulista vejo uma bicicleta branca instalada ao lado do Masp e lembro com tristeza que ela homenageia a Márcia, que era uma pessoa supernatureba maravilhosa, massagista ayuvérdica de primeira e que morreu tragicamente atropelada naquele ponto.


Mas voltando para as bicicletas. O mais legal são os acessórios, todos bem caros como a dita cuja (que anda na faixa dos 1.000 dólares), porque ciclista urbanóide tem, em muitos casos, bastante dinheiro pra gastar. Tem de sapatos da Campers para moças que rumam ao trabalho, capacetes bonitinhos, campainhas e outros objetos bem curiosos, além das adoráveis cestinhas. Vá lá no site gringo da Public Bikes.

Sobre baterias assassinas


A vida moderna é uma maravilha. Máquinas, celulares e gadgets cada vez menores tornam a nossa vida mais fácil e confortável. Humm, calma lá, nem tão rápido assim... Além do lixo tóxico que as baterias provocam, quem tem filho menor de seis anos provavelmente já ouviu do pediatra: "tome cuidado com as baterias de celular, de controle remoto e de outros objetos eletrônicos".


Pois bem, o pediatra da minha pequena foi categórico: se ingeriu alguma bateria, há uma janela de quatro horas para evitar o estrago irreversível provocado pelo lítio.


Eu sempre me preocupo em não deixar pilhas ou baterias soltas pela casa com uma pequena que está prestes a cumprir dois anos (confesso, inclusive, meio ruborizada até, que a deixo ficar bastante tempo com chupeta na boca enquanto tenho que fazer alguma atividade, o que me deixa mais tranquila), mas o que eu não sabia é que em 60 por cento dos casos, são os próprios bebês que abrem os aparelhos, pegam a bateria e a engolem.


O que pode acontecer é assustador, e foi bem retratado em matéria do New York Times de hoje. Houve 3.500 casos de ingestão registrados no ano passado nos Estados Unidos, com 10 mortes. Imagino que os números do Brasil não sejam muito diferentes.


Na maioria dos casos, os pais não sabem que as crianças ingeriram as baterias, e os pequenos são diagnosticados com outra doença, como infecção respiratória. Esôfagos corroídos em poucas horas são apenas a ponta do iceberg do show de horror que pode acontecer. Muito preocupante. Leia aqui.
Imagem-Wikipedia, Creative Commons