domingo, 2 de janeiro de 2011

Minha filha e o cocô: uma paixão inconveniente


Sempre achei curiosas as pessoas que têm um apego carinhoso, digamos assim, com seus excrementos diários. Sabe aquela gente que adora dizer: "Ai, hoje fiz um cocô lindo!" e é capaz de discorrer horas sobre cores, formatos, impacto da coisa na água, enfim...
Pois bem, passei a tomar mais consciência sobre o cocô depois que minha filha nasceu -- e perdi totalmente o pudor sobre o tema.
Trocar fraldas não é a tarefa mais agradável do mundo, ainda mais quando você não encontra fraldas descartáveis recicláveis sem gerar ao menos uns 100 anos de castigo ambiental (HELLO, PROCTER AND GAMBLE, tá na hora de colocar esses cientistas pra trabalhar!!!).
Nesse aspecto, eu e outras mães que trabalham ou que simplesmente tiveram preguiça de tentar usar fraldas de pano, estão condenadas ao fogo eterno do inferno ecologicamente incorreto, junto com aqueles que continuam, sem culpa, usando saquinhos de plástico no supermercado (eu, eu, eu, que sempre esqueço das minhas 3 sacolas de pano!).
Mas algo totalmente inesperado está acontecendo no roteiro do cocô. Minha filha está com dois anos, ainda resiste a tirar a fralda, não acha legal sentar no penico, ou no redutor de assento sanitário e, ultimamente, começou a resistir que troquemos seu cocô inteiramente.
Comprei livrinhos, ensinei a dar descarga, fazemos sessões conjuntas de dar "tchau" pro cocô no vaso. E nada. A menina continua apaixonada por sua produção diária.
Ela se esconde num cantinho para fazer a coisa, normal né?, e depois que um certo aroma invade a casa sabemos que ela já terminou. Mas nos últimos tempos, não adianta falar, brincar, sugerir: tenho que correr atrás dela para trocar a tal da fralda, sob protestos.

Juro (suspiro...) que isso realmente não estava no script.

Minha estratégia agora vai ser:

*Comprar fraldas de pano, tentando uma transição amigável para as calcinhas. As da Mamãe Natureza parecem bem legais. Se as tivesse descoberto antes, teria experimentado. Quem sabe ela não passa a se incomodar em ficar molhada com xixi, e isso gera uma mudança total? (a esperança é a última que morre). Alguma outra ideia?

*Ainda falando de dejetos, li uma informação muito bacana e importante na revista Casa Cláudia. O Grupo Pão de Açúcar e a redeEurofarma recolherão remédios fora de uso em cinco lojas e supermercados. Em 2011, diz a revista, o projeto atingirá 154 drogarias no país. Info no 0800 7732732. Em tempo: jogar remédios pelo vaso sanitário é uma péssima ideia, pois polui a água e deixa rastros. Jogar os potes cheios no lixo envolve riscos também. Então, como o óleo de cozinha e as pilhas e baterias, melhor levar ao lugar certo.

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